domingo, 26 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Teleduc - O que é tecnologia assistiva?

O que é Tecnologia Assistiva?


Conceito.

Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey in Assistive Technologies: Principles and Practices, Mosby - Year Book, Inc., 1995).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.
Nele, a Tecnologia Assistiva se compõe de Recursos e Serviços. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.

Recursos.

Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.

Serviços.

São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas.
No Brasil, encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como "Ajudas Técnicas", "Tecnologia de Apoio", "Tecnologia Adaptativa" e "Adaptações".

Objetivos da Tecnologia Assistiva.

Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Por que o termo "Tecnologia Assistiva"?

Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology.
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras).
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.

Categorias de Tecnologia Assistiva.

A presente classificação faz parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores. O importante é destacar a importância que esta organização confere ao universo de recursos, que até aqui vinham sendo confundidos com equipamentos da área médica/hospitalar (estrito senso), bem como outros não reconhecidos como ajudas de vida diária. A importância desta classificação está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.
  1. Auxílios para a vida diária - Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.
  2. CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa - Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.
  3. Recursos de acessibilidade ao computador - Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.
  4. Sistemas de controle de ambiente - Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.
  5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade - Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.
  6. Órteses e próteses - Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recursos ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.
  7. Adequação Postural - Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar, visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.
  8. Auxílios de mobilidade - Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.
  9. Auxílios para cegos ou com visão sub-normal - Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.
  10. Auxílios para surdos ou com déficit auditivo - Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado - teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.
  11. Adaptações em veículos - Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Atuação da Tecnologia Assistiva.

A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.
Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSOCIAL e diz respeito a avaliação e intervenção em:
  1. Funções e estruturas do corpo - Deficiêcia
  2. Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.
  3. Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais.

Modelos Conceituais.

Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram propostos vários modelos conceituais:
  • Modelo Médico: Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.
  • Modelo Social: O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.
  • Abordagem Biopsicosocial: A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
*1 - Fisioterapeuta - diretora do CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil - ATACP 2006 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.
*2 ATACP 1998 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.
Disponibilizado em: 6/06/2006.

Teleduc - Tecnologias assistivas

Um longo processo de rompimentos


 INCLUSÃO
Premiado nos Estados Unidos, estudo realizado na EACH analisa as mudanças na vida de quem se tornou deficiente físico
JÚLIO BERNARDES

da Agência USP de Notícias
As mudanças na vida e na relação com a comunidade de pessoas que se tornaram deficientes físicas após serem vítimas de acidentes são descritas no trabalho de três pesquisadoras da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.  O estudo aponta que a participação em projetos de esporte adaptado e o convívio com outros portadores de deficiência auxiliaram na reintegração à sociedade. A pesquisa acaba de ser premiada com uma menção honrosa pelo Centro para Reconstrução de Comunidades Sustentáveis Após Desastres da Universidade de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos.
De acordo com a professora Michele Schultz Ramos de Andrade, da EACH, que orientou a pesquisa, a ideia inicial era a de tentar identificar se algumas políticas de acessibilidade chegavam efetivamente aos portadores de deficiência física. “Durante a elaboração do ensaio, no entanto, considerou-se a perspectiva do desastre e procurou-se discutir aspectos da relação da pessoa com deficiência com a comunidade”, observa.
As pesquisadoras realizaram entrevistas semiestruturadas com portadores de deficiências físicas que tinham como ponto de partida duas perguntas: “Como foi o momento em que você se tornou portador de deficiência? Se você pudesse mudar alguma coisa na comunidade, o que seria?”.  A professora aponta que “a transição é um processo demorado, repleto de rompimentos individuais e sociais. A dependência e a compaixão do outro foram pontos comuns nas entrevistas”.
No estudo, os entrevistados relataram que inicialmente tinham total dependência para a realização das atividades cotidianas, tais como a higiene pessoal. “Após o período de reabilitação, o processo de independência começou a ser adquirido”, conta Michele. Outro aspecto comum entre os entrevistados foi que todos estão inseridos em projetos de esporte adaptado. “Nos relatos, ficou clara a relação da participação nos projetos e aquisição de independência.”
Apoio – Os relatos dos entrevistados mostram que houve apoio dos familiares, embora alguns trechos indiquem negação e revolta. “Ficou evidente que o maior apoio encontrado foi quando eles tiveram oportunidade de convívio com pessoas que também possuíam alguma deficiência”, afirma a professora da EACH.
Michele explica que a pesquisa traz a possibilidade de cada pessoa refletir sobre a sua contribuição no meio em que vive. “A compreensão do processo iniciado a partir do desastre é essencial para essa tarefa”, ressalta. Outra conclusão destacada pela professora é que o papel do Estado na reconstrução de uma comunidade sustentável é de suma importância. “Ao mesmo tempo, viu-se também que o desastre passa pela própria pessoa que o sofre, pela família, pela comunidade ao redor, chega ao Estado e atinge proporções ainda maiores”, e nesse contexto “o cenário atual de inclusão ainda pode ser questionado.”
O estudo aponta que reconstruir uma comunidade sustentável não é tarefa simples que cabe a determinadas pessoas, órgãos estatais, nacionais ou supranacionais. “É tarefa conjunta de todos aqueles que a constituem e desfrutam de seu espaço que possibilita uma interação próxima com a pessoa que tem uma deficiência”, destaca a professora Michele.
O Centro para Reconstrução de Comunidades Sustentáveis Após Desastres concedeu menção honrosa ao trabalho durante a Conferência Internacional sobre Reconstrução de Comunidades Sustentáveis para Pessoas Idosas e Pessoas Com Deficiência após Desastres (Rebuilding Sustainable Communities with the Elderly and Disabled People after Disasters), na Universidade de Massachusetts (UMASS), em Boston (Estados Unidos), entre 12 e 15 de julho.
As autoras foram homenageadas e apresentaram o estudo em uma das sessões do evento. Além da professora Michele Schultz Ramos de Andrade, participaram da pesquisa as alunas de iniciação científica Alessandra Marques Sohn, do curso de graduação em Ciências da Atividade Física da EACH, e Giovanna Pereira Ottoni, ex-aluna de Ciências da Atividade Física e atual estudante da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Teleduc - Apresentação

Estou fazendo um curso pelo Teleduc de Capacitação sobre Tecnologias de Informação e Comunicação Acessíveis, uma das propostas é a criação d um blog. Convido a todos a conhecer mais sobre as atividades que venho desenvolvendo. Acompanhe as postagens colocarei sempre o título Teleduc - e o sub-título. Beijos a todos!

Teleduc - Seja o Melhor

Planejamento 2010

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina

Para José Cerchi Fusari, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, não há ensino sem planejamento. "Se a escola é o lugar onde por excelência se lida com o conhecimento, não podemos agir só com base no improviso", diz. "Ensinar requer intencionalidade e sistematização." O poder de improvisação é sempre necessário, mas não pode ser considerado regra.

Trabalho coletivo

Com base nisso, defina:

  • o que vai ensinar;
  • como vai ensinar;
  • quando vai ensinar;
  • o que, como e quando avaliar

CELSO VASCONCELLOS Depende muito da dinâmica dos grupos. Existem três dimensões básicas que precisam ser consideradas no planejamento: a realidade, a finalidade e o plano de ação.

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

A prática da educação infantil deve ser organizada de modo a proporcionar aos alunos condições de:

1. Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações.

2. Descobrir e conhecer progressivamente seu proprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saude e bem-estar;

3. Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;

4. Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os dos demais, respeitando as diversidades e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

5. Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservaçao;

6. Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;

7. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas ás diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;

8. Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.